Desabafos de Marvão

O convite de um amigo para desabafar na Rádio Portalegre, todas as quartas, às 7.30h, 10.30h, 13.30h, 17.30h, 23.30h, levou-me também a criar um espaço, na blogosfera, onde possam ficar registados os textos da versão radiofónica. Espero que gostem e já agora, se não for pedir muito, que vos dê que pensar. Um abraço...

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Localização: Marvão, Alentejo, Portugal

Um rapazinho de Marvão

terça-feira, fevereiro 27, 2007

22º Desabafo – 27 de Fevereiro de 2006 – “Razões para ser folião”

As Meninas do Gás: Cris, Hernâni, Ramos, Bonito, Sobreiro, Coelho, Pousadas, Anselmo e Cláudia

O enterro do carrapau: Barradas, Coelho, Sobreiro, Ferreira, Ramos, Jesus

Ainda a propósito do Carnaval. Confesso que não sou, nem nunca fui grande folião. Esta coisa da malta andar mascarada no meio da rua aos pulos e aos gritos, armados em matrafonas, no alto de reboques, a vociferar e atirar fruta podre e caramelos, a rebentar estalinhos e bombas de mau-cheiro, soava-me a coisa de refundidos. Eu que sou naturalmente uma pessoa extrovertida e Graças a Deus bem disposta, que nunca digo não a uma boa brincadeira, que gosto naturalmente de rir e que defendo afincadamente que fazer rir alguém, ver alguém feliz, fazer alguém feliz é a coisa mais fantástica do mundo, não era grande apreciador do Carnaval.

A memória aqui falha-me e a compreensão era na idade muito pouca, mas das primeiras vezes que me meteram nestas andanças ainda praticamente não tinha conhecimento. Reconheci-me na fotografia amarelada pelo tempo, num fato de sevilhana cor-de-rosa e de carita pintada a rigor, no Algarve, com uns quatro ou cinco anitos. Sorridente, é claro, mas inconsciente da tremenda maldade a que estava sujeito. Não fosse eu um indivíduo com ideias bem definidas e era até capaz de me extraviar. Livra! Pois a ideia dos Carnavais passados perde-se na bruma de outros tempos mas está muito associada a Castelo de Vide e à Carreira de Cima para onde era arrastado pela mão dos pais. Para ser sincero, lembro-me de pouco mas de uma grande confusão, de mascarados muito mal “enjorcados”, dos carrocéis e do algodão doce, das farturas e dos brinquedos nesta ou naquela barraca, do frio e da vontade de zarpar dali para fora quanto antes. Ah! e uma vez levei com um ovo disparado por um tractor qualquer mesmo em cheio no meio da testa. Sim, é capaz de ter sido por aí. Nunca fui fã daquela história.

Com a adolescência a coisa melhorou e ganhou outra graciosidade nas noites infinitas no D. Pedro V, discotecazinha mítica apinhada onde a gente era tanta que até as paredes suavam. Aí sim, ao som do Poucochinho, com amigos de longa data, alguns deles já desaparecidos (que aqui saúdo com muita saudade), dançámos noite fora e até amanhecer mas também se diga de passagem que era mais a folia que o Carnaval porque ali o calor era tanto que não havia quem aguentasse a fatiota.

Pois o Carnaval passou por mim e acho que deixámos de ligar um ao outro até ao ano passado.

Depois de assumir funções autárquicas e na triste constatação de que nada se fazia na minha terra para comemorar a data, de tanto ver as crianças e os mascarados a marcharem sozinhos a par e passo pelas ruas, de ver as gentes abalar para outros Carnavais que de não os satisfazerem os remetiam à procedência a toda a velocidade, decidi meter mãos à obra e com a ajuda de todos, digo todos mesmo, começámos a reinventar uma tradição perdida numa pequena localidade da zona e fizemos um Carnaval pequenino, de produção caseira e para consumo doméstico que acabou por resultar muito bem. Neste ano, sentámos as partes interessados, injectámos-lhe vivacidade e energia, e creio que a coisa primeiro implodiu para explodir de seguida em bailes e desfiles de mil cores que animaram toda a população e foi muito giro de se ver.

Foram 5 dias da mais pura folia, passados numa diversão que contagiou toda a comunidade de dia e de noite. Com a ajuda de muitos amigos, esta coisa da subversão carnavalesca começou a crescer em mim e quando dei por ela estava mais que imbuído pelo seu espírito se é que de facto existe. Sim, reconheço que pelo prazer de estarmos juntos, de inventarmos e confeccionarmos fatos e adereços, de nos expormos e surpreendermos, sentimos uma mágica excitação que nos fez superar e a mim, me fez também mergulhar nas suas raízes.

Existem sob a génese do Carnaval as mais diversas teorias que o relacionam com adorações realizadas no Egipto Antigo ou com os bacanais romanos embora seja consensual que a sua essência reside no "adeus à carne", no carne levare que esteve na origem do termo que hoje utilizamos. Começando logo no Dia de Reis e prolongando-se até à “Quarta-Feira de Cinzas”, primeiro dia da Quaresma no calendário cristão ocidental, que ocorre quarenta dias antes da Páscoa (sem contar os domingos), o Carnaval é o último grito de alegria, de festejos profanos antes do recolhimento pascal. O povo imortalizou este último morteiro com a celebre expressão “é Carnaval, ninguém leva a mal” porque no Carnaval tudo, a todos é permitido e este é o momento certo para extravasarmos defeitos e desesperos, desilusões e aspirações, para nos libertarmos dessa mordaça social, dessa mortalha pública em que nos vamos envolvendo ao longo das nossas vidas.

No Carnaval borrifamo-nos para status e posições, esquecemos a etiqueta e as boas maneiras e desde que não se magoe nem se ofenda directamente ninguém, podemos até interpretá-lo como a trégua em que somos verdadeiramente livres. Bem sei que assim é em teoria, como vi que do alto dos reboques se vê muita cabecinha pequenina a dizer que não, muito risinho cínico a olhar de soslaio e a cobrar em peso de ouro, muito chacal que sob o manto cobarde do anonimato esfrega as mãos sujas de consolo, mas também sei que a vida só merece ser vivida quando é vivida com paixão e desde que tenhamos a consciência tranquila e a convicção profunda de que estamos certos, bem podemos escavacar à pedrada esses telhados de vidro que todos sabemos que temos.

No Carnaval podemos ser e eu fui muito feliz. Desafiando o estabelecido, quebrando a normalidade, despertando nos outros a centelha de arrojo e irreverência que dá sabor aos nossos dias, diverti-me e hei-de estar-lhe sempre grato por isso. Nestas coisas, temos mesmo de dar o corpo ao manifesto!

Num jantar de confraternização dos meus camaradas de máscaras, alguém se lembrou de no dia seguinte, quarta-feira de cinzas, proceder ao “enterro da sardinha” e como convém nestas questões, se um diz “mata”, os outros respondem quase em uníssono “esfola”. Foi uma manhã dura de diligências para reunir todo o material, mas no final e como seria de esperar, tudo de compôs: do mais puro bricolage nasceu o falecido e respectivo caixão e não faltaram a magnífica carreta, um sacerdote de “faz-de-conta” em avançado estado de euforia etílica e as viúvas e amigos para carpir o defunto folião.

Saídos à rua na primeira hora da noite, foi delícia impagável ver tanta gente esconder-se detrás das portadas ao avistar o cortejo porque mesmo a brincar, a coisa mete respeito e o portuguesito tem medo. Tem medo de subir para não despertar invejas, tem medo de celebrar vitórias para que não lhe desejem a queda, tem medo de quebrar tabus e de ir contra o estabelecido e é por isso que eu admiro tanto o nosso Mourinho quando avança destemido de peito cheio e sem armadura em direcção às legiões de jornalistas. Se o Carnaval é a última luz antes da escuridão, a última festa antes do anoitecer quaresmal, o enterro da sardinha, do bacalhau, ou daquilo que lhe quiserem chamar é, no fundo, a grande vitória deste período e a verdadeira essência da festa: o termos a capacidade de, enquanto humanos, brincar com a nossa fragilidade, a nossa impotência, a nossa insignificância face à imensidão do Universo. O enterro do Carnaval somos nós a rirmo-nos de nós próprios e da nossa condição porque se extremarmos a questão e levarmos ao ponto mais profundo, se filosofarmos até à exaustão e pensarmos “mas afinal que raio andamos aqui a fazer”, não nos restará certamente outra coisa senão o riso.

Não sei se por ironia do destino ou outra qualquer razão mais transcendental, acabei por reencontrar escassos dias depois, um companheiro de iniciativa e amigo de toda a vida num enterro de um familiar seu muito próximo. Onde outrora houve riso havia agora dor mas nem por isso e apesar de ser bizarro, achei que estivemos alguma vez a pisar a linha vermelha que nos metem à frente à nascença. No fundo o riso, é a única arma que nos resta no meio de tanto infortúnio e tanta adversidade. Se não rir, que outra coisa fazer perante as desgraças que devastam a nossa existência?

Há dias, num viajem à capital para ver o glorioso brilhar em palcos europeus, parámos nas inevitáveis roulotes da sandes do courato sitiadas nas imediações do estádio e ali, entre uma bifana e uma imperial, falando dos antigamentes, o meu sogro, sem se aperceber disso, deu-me uma lição elementar de esperança ao recordar uma súbita paragem cardio-respiratória que quase o “arrumou” quando ainda era bem jovem. Estando entre nós duas das mãos sábias que o haveriam de devolver à vida quando já estava no Apeadeiro do outro lado, comentou-se o trágico episódio e os momentos arrepiantes de angustiante espera que se seguiram. Com a desarmante bonomia e boa disposição que lhe é característica, o João Manuel arrematou a cena com um fantástico “se morrer é assim, não custa mesmo nada! É só fechar os olhos e já está”. “Nem frio? Nem fogo? Nem anjinhas semi-desnudas a tocar harpa? Nem diabinhos de tridente?”, perguntei eu. “Nada!”respondeu ele.

E bem, meus amigos, se assim é, se no fim se fecha os olhitos e “já está” como ele diz, que nos deixem ao menos divertir-nos enquanto cá andamos porque como diz o povo “a vida são 2 dias e o Carnaval… 3!”.

Já estou deserto do que há-de vir para o ano!

4 Comments:

Blogger Jaime Miranda said...

Como tenho estado melancólico vou deixar aqui uma posta íntima. Ando a praticar escrever com alguma regularidade nestes sítios. Ainda não sei porque o faço, se bem que neste caso é evidente – tenho saudades do pessoal. Estes jornais de parede digital propiciam encontros de pensamentos e parece que dão outras vias para nos aproximarmos dos outros e de nós. Há tempos escrevi aqui um comentário, e lamento não ter tido resposta tua, ao contrário do teu cunhado amigo, cujas palavras me deixaram muito feliz. Mas como se vê que tens estado ocupado, volto a tentar escrever umas frases com(?) nexo. Desculpa-me o abuso deste espaço de comentários, mas apesar de seres tu a ter o trabalho todo, isto é público, e ao ler os teus Desabafos apeteceu-me desabafar também. Parece que voltamos ao convívio, agora dentro de outro salão de jogos. O Carnaval para mim este ano teve dois lados – primeiro, o cortejo e a festa de Figueiró dos Vinhos, que tem tradição, e no qual uma pessoa se vê metido sem querer; segundo, uma festa no Casino da Figueira onde fomos ver o José Barata Moura. Foi muito engraçado ouvir a Joana Come a Papa, e posso dizer que a festa até foi boa. Mas o que não dava para ter estado ai, como em tanto anos passados, e divertir-me à brava, como quando me vesti de sevilhana na escola, de velho do pavilhão ou de gaja foleira no baile da sociedade. Este ano, se aí estivesse e me aceitassem na empresa, com certeza que me despiria como as beldades do gás, especialmente porque suspeito que o gás não estava nas bilhas, mas sim nas minis fresquinhas. Acho piada ao Carnaval e alinho em todas as palhaçadas – até fui júri no Baile da Santa Casa e, com o meu disfarce de parvo, dei pontuação máxima a toda a gente. Mas estou roído de inveja por não ter partilhado esta experiência convosco, de desfilar pela Avenida disfarçado a rigor e a semear boa disposição. A alegria que as fotografias retratam é magnífica ou talvez o que o seja é a estima que eu tenho pelas pessoas que são retratadas. É muito engraçado este pensamento de que os nossos amigos não são os que estão próximos mas os que nos são próximos. Continua a escrever que estás a prestar um bom serviço aos que estão longe de ti e da terra, e continua a trabalhar com este espírito, que estás a servir e a fazer bem à nossa Comunidade. Um grande abraço do Jaime Miranda.

12:28 da manhã  
Blogger Pedro Sobreiro (Tio Sabi) said...

Jaimita, vai-te amolar! Geralmente as pessoas escrevem a dizer que eu as ponho a chorar mas desta vez tu é que me puseste quase a mim a chorar! Tu estás infeliz homem! Estás com saudades nossas e nós tuas! Fazes-nos cá tanta falta, a nós e ao concelho… Faz as malas e anda-te embora para o pé da gente que alguma coisa se há-de arranjar! O Zé Pop deixei-o abalar porque ele já é mais de Lisboa do que nosso (acho que no fundo sempre foi!), mas tu estás demais!

Partes-me o coração com estas coisas.

Eu também adorava ter-te ao meu lado a “sacudir a bundinha” pela Avenida fora. Acho que todos nos excedemos mas a coisa é mesmo assim… Sem excessos não faz sentido. O meu cunhado teve até uma boca genial no meio daquilo tudo, disse-me assim: “Ó mana! Não sabia que nós éramos putas, se soubesse que éramos, não tinha vindo!”. A badalhoca! Tu sim que também devias de dar uma bela “cabrona” do gás. Fica para a próxima!

A verdade é que cada vez vens menos, cada vez estás menos e assim é difícil. Temos que mudar isto, de uma vez por todas!

Há tempos não comentei o teu post mas senti-o bem cá dentro. Não comentei porque alguém me chamou a atenção que não devo comentar os posts no blog, que não devo ser juiz em causa própria e acho que com razão mas desta vez não podia estar quieto. É claro que fico orgulhoso que tantos amigos deixem aqui a sua palavra e me honrem com os seus comentários. No fundo é para eles que escrevo e é comovedoramente gratificante saber que gostam do que digo.

Quanto a ti… sabes bem que mais que teu amigo, sempre fui teu admirador. Desde os bancos do ciclo em que nos sentámos lado a lado com 13 anos, até hoje, vivemos muita coisa juntos. Aprendi muita coisa contigo e desabafei muitas vezes contigo. Crescemos juntos. Fizemo-nos homens juntos e isso tem um valor incalculável para mim. Sabes que prezo muito a tua inteligência e a tua sensibilidade. No fundo eras tipo o gajo da Renascença cá do sítio, que sabe pintar, escrever e representar. Como sabes a pena tremenda que sempre tive por não teres seguido no ensino superior aquilo que tu verdadeiramente querias. Já tive oportunidade de o dizer a ti e a alguns amigos que partilham a minha opinião.

No seguimento do 1º Festival de Teatro Amador de Marvão que está agora a decorrer, estamos a pensar levar à cena com actores recrutados no concelho, a peça “Os Velhos” de D. João da Câmara. Vê bem o jeitão que tu me davas nisto!

Fazes-nos mesmo muita falta. Às vezes, nos Sábados à tarde, quando me apetece tanto aquela minizinha do fim-de-semana, dou voltas à aldeia no carro e acabo a falar com quem calha. Que bom que seria poder dar dois dedos de conversa esclarecida contigo.

Inclusivamente nestas funções em que me encontro actualmente, lembro-me muita vez de ti e das tuas capacidades. Sei que podias ser um às de trunfo! Mas bem, como cantavam os Stones, “time is on our side”, se Deus quiser.

Ao ver-te tão combalido de saudade decidi mesmo agora convidar-te para fundares um blog comigo que poderemos estender a outros amigos. É um projecto que queria arrancar depois de terminar os Desabafos em Maio, mas vou arrepiar caminho a ver se te ponho mais bem disposto. Sei que há prái mais dois que andam “desertinhos de molhar a sopa” e eu não disse que são o meu cunhado e o Buga.

Falaremos ao telefone os pormenores e começaremos a bombar enquanto antes.

Na esperança que te decidas, que pegues nos pequenos e na tua mulher e venhas para o pé de nós, despeço-me com um grande abração de amizade,

Pedro

1:12 da tarde  
Blogger Bonito said...

Jaime,

Assim que li o teu comentário tive o impulso imediato de me "agarrar" ao teclado. Arrepiei caminho... percebi que o momento era do Pedrocas. Substituindo a vivência dos bancos do ciclo pelo ciclo da "UJA" e exceptuando o último parágrafo que revela o ímpeto -por vezes- desenfreado, emotivo e irreflectido do mesmo faço minhas as suas palavras.

Para uma terra tão carenciada de gente, gente da tua qualidade fazia cá muita falta.

Não quer dizer que fosse êxito garantido... vejamos o exemplo do Sabi que, apesar do seu empenho em para cá voltar, se deparou com os entraves levantados pelos inseguros e mesquinhos senhores do burgo.

Mas falemos do que mais interessa: a amizade.

Não há amigos como os da infância e da adolescência (foi nesta fase que tive a sorte de te apanhar e, também, ao nosso anfitrião). Mas a amizade não requer convivência constante (eu também já estive longe vários anos).

Os verdadeiros amigos reconhecemo-los pelo prazer que nos dá estar com eles, mesmo que seja muito esporadicamente. E os verdadeiros amigos estão sempore lá... quando é preciso!

Honra-me este teu interesse pelas nossas coisas, bem como essa vontade de participar e “postar” por aqui…continua.

Pedro,

Endereço votos de melhoras à D. Alzira…ela merece…

e grande abraço

Bonito Dias

12:06 da manhã  
Blogger Unknown said...

Caros amigos,

Depois de ler os vossos desabafos também eu não consegui ficar indiferente. O Carnaval é sinónimo de alegria, boa disposição, sensação de liberdade, abuso e propicio a reencontros, conversas e aproximações. Uma verdadeira FARRA para quem o sente com emoção.

Pegando nas palavras do Jaime (forte abraço) e vendo a vossa boa disposição nas fotografias não posso deixar de sentir muita melancolia de não ter estado aí, pois dava uma loirona bem apetitosa.

As saudades da nossa terra e dos amigos de infância é sentida de uma forma especial estando nós um pouco mais longe. Eu sinto muito isso e acreditem, nem admitimos que alguém ouse falar mal.

A vossa geração tem muito valor e ajudou muito a nossa, não fossem vocês os donos dos bancos lá atrás na camioneta do Joaquim Nicau…aquilo era cá um respeito!!!!, mas também me revejo com orgulho na minha. Vendo aí o meu amigo Rui Pousadas, entre outros, é fácil recordar muitos momentos e sentir muitas saudades.

A vida por vezes afasta-nos mas também nos pode juntar novamente. Longe ou perto sabemos sempre com quem podemos contar.

Se neste Carnaval não estivemos juntos fisicamente, estivemos virtualmente. Não se bebe minis nem se carregam bilhas de gás, são os novos tempos! Todos gostamos de olhar em frente mas que para o ano seja há antiga!!!

Um Abraço,
Xico da Blusa filho

11:47 da tarde  

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